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Especialista de Ciência da Computação da FEI explica sinais de alerta e sugere práticas para identificar fraudes e proteger os idosos no ambiente digital

Desde o começo deste mês de maio, o INSS estima que cerca de 4 milhões de aposentados e pensionistas foram surpreendidos por mensagens prometendo dinheiro fácil ou alertando sobre supostos problemas nos benefícios. Algumas dessas mensagens diziam que era possível resgatar valores altos, como R$15 mil, com apenas alguns cliques. Outras pediam informações pessoais e bancárias por telefone ou WhatsApp.

Com o avanço da digitalização dos serviços públicos, muitos aposentados e pensionistas têm encontrado dificuldades para lidar com plataformas digitais e acabam se tornando alvos para fraudadores. De acordo com a mais recente pesquisa Índice de Alfabetismo Funcional (Inaf), que coletou dados em 2024, apenas 6% das pessoas entre 50 e 64 anos tiveram alto desempenho nos testes digitais, acertando dois terços ou mais do teste. Na outra ponta, os que tiveram baixo desempenho, aqueles que erraram todas as questões ou acertaram até um terço delas, foram quase metade, 48%. Na faixa de acertos entre um terço e dois terços, foram 46%.

Aproveitando-se de um caso real de descontos indevidos nos benefícios do INSS amplamente divulgados, criminosos passaram a enviar mensagens com promessas de reembolso, liberação de valores ou atualização cadastral, geralmente exigindo pressa, informações pessoais ou pagamentos via Pix. As abordagens, por telefone ou aplicativos de mensagens, imitam a linguagem de órgãos oficiais, mas escondem armadilhas.

À luz de situações de risco como essa, para auxiliar idosos na prevenção a golpes digitais, o Prof. Paulo Sergio Rodrigues, pesquisador da área de Ciência da Computação da FEI (Fundação Educacional Inaciana), compartilha orientações para o dia-a-dia voltadas a esse público e familiares.

Dicas de segurança:

“Mais do que prevenir fraudes, essas ações ajudam a fortalecer a autonomia dos idosos no ambiente digital. A educação para o uso seguro da tecnologia deve ser tratada como prioridade — tanto por famílias quanto por políticas públicas. Ao adotar medidas simples no dia a dia, é possível criar uma rede de proteção mais eficaz e consciente”, afirma o professor da FEI.

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