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A Microsoft anunciou que o Teams, sua plataforma de colaboração corporativa, vai receber uma atualização polêmica que promete facilitar o controle de presença, mas também acende um alerta sobre privacidade e monitoramento no ambiente de trabalho. A partir de dezembro de 2025, o aplicativo poderá identificar automaticamente quando um colaborador estiver no escritório, atualizando o status de localização assim que o dispositivo se conectar ao Wi-Fi corporativo.

O objetivo da novidade é reduzir a confusão sobre quem está remoto ou presencial, especialmente em equipes híbridas. No entanto, especialistas em gestão de pessoas alertam que a medida pode gerar desconforto, ao expor preferências individuais de trabalho e padrões de deslocamento sem consentimento explícito. “Para quem trabalha 100% a distância, o engajamento nasce de rituais que reforcem o senso de pertencimento e a clareza de propósito. Vale trabalhar em sprints com alinhamentos curtos e frequentes, não para vigiar, mas para trocar aprendizados e manter a visão de negócio sempre presente. Benefícios que apoiem a rotina remota, como auxílio home office, programas de bem-estar e flexibilidade real de horários, demonstram confiança no profissional e atenção à sua realidade”, afirma Andre PurriCEO da HRtech Alymente.

O novo recurso será integrado diretamente ao Teams e refletirá o prédio em que o colaborador está trabalhando, segundo comunicado da gigante da tecnologia. Ainda não há detalhes sobre como os usuários poderão controlar a visibilidade dessas informações, nem sobre quais políticas de privacidade acompanharão a função. A companhia afirma que a ferramenta está em desenvolvimento, mas pretende ativá-la automaticamente quando o acesso à rede corporativa for detectado.

A atualização representa mais um passo da Microsoft na busca por produtividade e eficiência, mas também evidencia o desafio das empresas em equilibrar tecnologia, comunicação e privacidade. A automatização do status pode tornar a colaboração mais transparente, mas ao mesmo tempo reacende o debate sobre a linha tênue entre gestão de presença e monitoramento excessivo.

“Políticas claras de autonomia, metas compartilhadas e feedback contínuo ajudam a equilibrar liberdade e responsabilidade. O que realmente engaja é a certeza de que cada escolha de onde e como trabalhar é respeitada, enquanto a empresa mede impacto e resultado”, complementa Purri.

À medida que a tecnologia avança, empresas e funcionários precisarão dialogar sobre o equilíbrio entre transparência e privacidade. A função de atualização automática de status no Teams pode simplificar a rotina corporativa, mas também exige políticas claras e limites éticos para que a inovação não se transforme em instrumento de controle.

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