Profissões baseadas em tecnologia estão entre as que mais vão crescer nos próximos anos, reforçando importância da literacia digital
Talvez você não saiba, mas 85% dos empregos que serão ofertados até 2030 ainda não existem, segundo um levantamento feito pela fabricante de equipamentos Dell. Uma pesquisa como essa evidencia que o ensino básico não pode se resumir apenas a matérias escolares, mas incluir competências necessárias para acompanhar as mudanças econômicas, sociais, políticas, ambientais e técnicas que estão acontecendo.
A tecnologia está transformando cargos, criando novas oportunidades de trabalho e exigindo que tanto profissionais estabelecidos quanto jovens em início de carreira desenvolvam novas competências. Saber quais são essas habilidades pode ajudar pais e professores a preparar desde cedo crianças e adolescentes para o mundo do trabalho.
“O letramento digital é o primeiro passo para desenvolver as capacidades necessárias à construção de uma carreira em qualquer profissão na fase adulta. Mas não basta apenas ensinar a usar tecnologia, é necessário se tornar ativo na criação e programação para continuar evoluindo”, defende Henrique Nóbrega, diretor fundador da Ctrl+Play, rede de ensino de tecnologia e inovação.
O executivo explica que aprender programação na infância ou adolescência é equivalente a desenvolver fluência na linguagem do futuro, uma habilidade que capacita o jovem para o uso inteligente da tecnologia, melhora seu desempenho escolar e ainda amplia as possibilidades profissionais futuras.
Segundo o estudo Future of Jobs Report 2025, do Fórum Econômico Mundial, além do conhecimento em programação, outras habilidades estarão em ascensão nos próximos cinco anos, como conhecimento em IA, Big Data, redes e cibersegurança e literacia tecnológica. Essas habilidades podem ser pavimentadas em jovens que desenvolvem desde cedo o pensamento computacional, skill que reforça a capacidade criativa, crítica e estratégica para resolver problemas.
Mas, além das competências técnicas, também é fundamental que os pais e professores incentivem o desenvolvimento de habilidades sociais, igualmente importantes para exercer uma profissão no futuro. Algumas das principais são pensamento analítico, resiliência, agilidade e flexibilidade, assim como liderança e influência social.
“À medida que os jovens vão desenvolvendo habilidades técnicas e sociais, a vontade de aprender, se adaptar e desenvolver novas competências surgem naturalmente. Esse impulso de aprendizado precisa ser cultivado, especialmente em um momento em que as demandas e as habilidades exigidas pelas organizações mudam o tempo inteiro para acompanhar a tecnologia”, complementa o executivo.