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Com adesão inédita no terceiro setor, grupo fortalece cultura de bem-estar; 86% das pessoas colaboradoras da MOL Impacto relataram melhora na saúde mental
 

O Instituto MOL acaba de se tornar a primeira organização do terceiro setor brasileira a implementar oficialmente a semana de quatro dias úteis de trabalho. A decisão marca um avanço importante no campo social e posiciona o Grupo MOL como participante integral do movimento global que propõe uma nova perspectiva de produtividade, saúde mental e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. 

A adesão do Instituto ocorre após os resultados positivos da experiência da MOL Impacto, empresa do grupo que adotou a nova jornada no início de 2024 como parte do projeto-piloto da 4 Day Week Global, em parceria com a Reconnect Happiness at Work, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Boston College. 

Em março de 2025, uma escuta interna conduzida pela MOL Impacto com 86% de sua equipe revelou ganhos significativos com a nova rotina. Segundo o levantamento, 86% das pessoas relataram melhora na saúde mental, enquanto 84% afirmaram estar mais satisfeitas com a empresa desde a adoção da jornada reduzida. A percepção de melhoria na colaboração entre colegas também foi alta: 76% dos respondentes apontaram impactos positivos no clima de trabalho e na cultura organizacional. 

Além do ambiente profissional, a nova jornada também trouxe benefícios para os hábitos pessoais dos colaboradores. Três em cada dez pessoas passaram a dormir mais horas por noite, com uma média de 7,4 horas de sono. A prática de atividades físicas também foi favorecida: 43% conseguiram se exercitar com mais frequência, e 11% iniciaram uma rotina de exercícios a partir da mudança. 

Mesmo com a redução formal dos dias úteis, a produtividade percebida permaneceu elevada. A maior parte da equipe trabalha entre 32 e 35 horas semanais, e apenas 11% relatam extrapolar a carga horária com frequência semanal. Mais da metade afirma que raramente ou nunca se sente desgastada, exausta ou ansiosa. Por outro lado, 81% das pessoas dizem sentir-se mais bem-humoradas, realizadas e com mais energia no dia a dia. A nota média atribuída à experiência foi de 9,16 (de 0 a 10) em relação à qualidade de vida, saúde e bem-estar. Já a conciliação entre vida pessoal e profissional foi avaliada com média de 8,97. 

Os efeitos positivos foram percebidos em todos os níveis da organização. A maioria das pessoas ouvidas não ocupa cargos de liderança, o que reforça a capilaridade do impacto. A cultura da empresa também saiu fortalecida: 84% dos respondentes relataram melhorias no clima organizacional, no sentimento de propósito e no orgulho de pertencer à MOL.”O que os dados mostram é o que vivemos na prática: uma jornada mais curta, estruturada com confiança, pode ser ainda mais potente. Reduzir os dias de trabalho não diminui o impacto – amplia o bem-estar, fortalece vínculos e cria um ambiente mais saudável e produtivo”, afirma Roberta Faria, cofundadora e CEO da MOL. 

No Instituto MOL, a iniciativa representa mais do que uma reorganização da rotina da equipe. É também um reforço do compromisso institucional com práticas organizacionais mais humanas, coerentes e inovadoras. A jornada de quatro dias é parte de uma cultura que valoriza o cuidado, o bem-viver e a transformação social a partir do exemplo. 

De acordo com Mariana Campanatti, Diretora Executiva do Instituto MOL, a implementação da semana de quatro dias não significa trabalhar menos. “Trata-se, na verdade, de reconhecer que há vida, cuidado e trabalho que acontecem fora do crachá. Esse movimento, que cresce no mundo todo, prova que é possível equilibrar bem-estar, produtividade e resultados. É um passo concreto para questionar modelos, experimentar outros futuros e lembrar que transformar a sociedade também começa dentro das organizações”, explica. 

A instituição também prevê o compartilhamento da sua experiência com outras entidades da sociedade civil, como parte do seu compromisso com o fortalecimento do terceiro setor. “Como instituição que fomenta práticas transformadoras, está no nosso DNA testar caminhos que aliem impacto e coerência institucional. A semana de quatro dias é um deles, e queremos construir esse futuro com mais gente”, completa Mariana.
 

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