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O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2,4% em 2025, acima dos 2,2% previstos anteriormente. A revisão, divulgada na segunda-feira (14/10), reforça a percepção de resiliência da economia nacional diante de um cenário global ainda instável.

Contudo, especialistas alertam que o otimismo macroeconômico não se traduz automaticamente em melhora efetiva para o ambiente de negócios, especialmente para as empresas de médio porte — que seguem enfrentando desafios estruturais significativos.

“É importante entender que o dado divulgado pelo FMI serve como um termômetro, mas não como um mapa. Ele indica que o país tem condições de crescer, mas não aponta o caminho que cada empresa precisa trilhar para transformar esse crescimento em resultado concreto”, afirma Benito Pedro Vieira Santos, CEO da Avante Assessoria Empresarial e especialista em Reestruturação e Governança Corporativa.

Segundo o executivo, materiais como os relatórios do FMI ajudam a embasar notícias e análises macroeconômicas, mas o entendimento prático de como esses números se refletem na realidade das empresas ainda é muito distante para grande parte dos empresários do middle market. “Enquanto o PIB sobe nas manchetes, o empresário médio continua sendo o grande equilibrista: mantém empregos, financia o próprio crescimento e tenta se adaptar a uma complexa transição tributária e tecnológica”, complementa.

Benito reforça que o dado do FMI deve ser visto como um sinal de oportunidade, e não de alívio. “Crescer de forma sustentável exige três pilares fundamentais: governança, estratégia e disciplina financeira. São eles que definem quem vai prosperar e quem apenas resistirá ao próximo ciclo econômico”, destaca.

Nesse contexto, o momento é de traduzir o macro em ações micro, ou seja, tomar decisões práticas e assertivas dentro das empresas:

“O Brasil deve, de fato, crescer em 2025. Mas o crescimento real das empresas dependerá menos das projeções e mais da capacidade de execução e adaptação de cada uma delas”, conclui o CEO da Avante.

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