
A crescente demanda por profissionais híbridos — que aliam conhecimento técnico em Inteligência Artificial (IA) à visão estratégica de negócio — aponta para a emergência de uma nova e crucial função no mercado: o Gestor de IA. Este profissional, capaz de integrar humanos e máquinas, é fundamental para o sucesso das empresas na era da inteligência artificial, um cenário que exige adaptabilidade, pensamento sistêmico e novas competências de liderança.
Segundo Rodrigo Calado, vice-presidente da edtech Gran, “o mercado exige hoje profissionais híbridos: tecnicamente preparados e com pensamento estratégico. A revolução digital, impulsionada pela liberação do ChatGPT ao público em 2022 pela OpenAI, criou uma divisão clara entre o profissional monolítico e o profissional potencializado pela IA”. Para ele, essa realidade já se impõe em praticamente todas as áreas, e é reforçada por mudanças geracionais como o fenômeno do quiet ambition na Geração Z, que demonstra menor interesse por cargos de liderança tradicionais. “Habilidades comportamentais, colaboração interdisciplinar e adaptabilidade se tornaram diferenciais essenciais”, complementa.
A procura por profissionais de IA no Brasil deve crescer 150% apenas neste ano, conforme levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes). Já o Fórum Econômico Mundial projeta a criação de cerca de 97 milhões de novos postos de trabalho com competências digitais avançadas até o próximo ano. No cenário global, 60% das empresas já contam com executivos dedicados à IA, e 92% planejam contratar profissionais com habilidades em IA generativa ainda em 2025, segundo a Amazon Web Services.
Nesse contexto, a qualificação adequada torna-se um diferencial. Para Calado, “a IA vai eliminar funções repetitivas, mas criará novas oportunidades em áreas estratégicas”. Ele destaca o papel do ensino superior: “A Gran Faculdade vem se posicionando como protagonista nesse cenário. Oferecemos um curso superior de Inteligência Artificial com 5 semestres, focado em formar profissionais capazes de projetar, implementar e otimizar algoritmos e sistemas inteligentes”. A instituição também oferece pós-graduações com temas como aprendizado de máquina, redes neurais, PLN, visão computacional e robótica, além de parcerias com empresas líderes em tecnologia. “Nenhuma função repetitiva deve sobreviver em empresas que colocarem a IA no centro da estratégia (AI-driven)”, afirma.
Mas, para atender a essa nova demanda, a academia precisa se transformar. “O currículo de Ciência da Computação no Brasil mudou pouco desde que foi criado na Unicamp em 1968. Hoje, é urgente integrar técnicas modernas, metodologias ágeis e visão de negócios desde os primeiros semestres. Precisamos preparar estudantes para gerenciar times, produtos e até agentes de IA que atuarão como colaboradores automatizados”, defende Calado.
Ele elenca quatro grandes desafios para as instituições de ensino: atualizar currículos com agilidade; capacitar docentes em IA e ferramentas digitais; superar a mentalidade que prioriza diplomas longos em detrimento de entregas práticas; e vencer a resistência cultural e burocrática às reformas pedagógicas.
Para enfrentar esses desafios, a Gran Faculdade aposta em um modelo de ensino alinhado às necessidades do mercado. “Estamos comprometidos em formar Gestores de IA com profundidade técnica e visão estratégica. Nosso curso superior tem currículo focado em machine learning, deep learning, PLN, reinforcement learning, RPA e governança em IA. Já nos primeiros módulos, o aluno tem contato com IA generativa como ChatGPT, Bard e Claude. A formação é completa: do técnico ao estratégico, com trilhas específicas para quem quer liderar projetos de IA nas organizações”, detalha o VP do Gran.
As mensalidades acessíveis (a partir de R$ 89,90) também reforçam o compromisso da instituição com a democratização da educação. “Nosso modelo é compatível com a missão do Gran: formar profissionais prontos para aplicar IA no mundo real, em qualquer porte de empresa ou setor”, afirma.
A médio e longo prazo, o impacto desses profissionais será estrutural nas organizações. “O Gestor de IA será um agente-chave de transformação. Ele orquestrará decisões baseadas em dados, automações de alto impacto e o uso estratégico de modelos de IA nos negócios. Em algumas empresas, tecnologia e RH trabalharão lado a lado, já que os agentes de IA serão tratados como ‘colaboradores digitais’. Isso mudará processos, organogramas e o próprio conceito de trabalho”, conclui Calado.