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Índice ABDI de Sustentabilidade da Expansão Industrial vai auxiliar governo no monitoramento da indústria brasileira no curto prazo
 

A indústria brasileira deve continuar a crescer nos próximos meses. É o que aponta o Índice ABDI de Sustentabilidade da Expansão Industrial (ISEI), novo indicador criado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial para auxiliar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) no monitoramento do setor industrial no curto prazo. Além de auxiliar gestores públicos na tomada de decisões, o ISEI também fornece insights a empresários e pesquisadores interessados no tema.


Em janeiro deste ano, o ISEI atingiu 104,0 pontos – acima de 100, o cenário é considerado positivo e indica uma conjuntura onde o crescimento da demanda, o resultado do comércio exterior e as condições financeiras e produtivas das empresas industriais permanecem fortes. Na comparação com o mesmo mês em anos anteriores, o índice de janeiro de 2025 dá um salto significativo: o ISEI registrou 100,2 no ano passado; 100,5, em 2023. E 101,1 pontos no mesmo mês em 2022.


De acordo com a ABDI, esse salto demonstra a atual sustentabilidade da indústria de transformação, resultado da aceleração da produção industrial no ano passado, da retomada de investimentos públicos e da consolidação da Nova Indústria Brasil (NIB), política do governo federal para estimular a neoindustrialização no país. O ISEI também prevê o crescimento da indústria de transformação neste primeiro semestre do ano e o aumento na produção industrial, que deve superar os 2,1% ao final do ano.


O gerente da Unidade de Monitoramento e Avaliação da ABDI, Roberto Pedreira, destaca a importância do novo índice. “O ISEI foi criado para capturar quais são as perspectivas acerca do comportamento da indústria de transformação, monitorar o desempenho dessa atividade econômica, analisar tendências futuras e, dessa forma, contribuir para a tomada de decisão dos gestores públicos, reorientando a política industrial e os investimentos dos empresários”, afirma. “É instrumento da ABDI para viabilizar um maior e mais eficiente monitoramento da política industrial”, pontua.


Além da gestão pública, como no caso do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o novo índice pode ser útil para empresários, pesquisadores e a sociedade interessada. “Nossa intenção é que os pesquisadores de temas relacionados à economia industrial e à inovação possam usufruir de um novo indicador, mais robusto, para compor suas análises e avaliações sobre o desempenho e evolução da neoindustrialização brasileira”, diz Pedreira.


Sobre o ISEI
 

O ISEI é mais um produto do Observatório da Indústria da ABDI, plataforma de inteligência de dados e informação voltado à disseminação de análises, estudos e pesquisas sobre a indústria brasileira.

O índice analisa os dados do último trimestre para lançar reflexões no trimestre seguinte. Por meio de boletim, o novo indicador será publicado no site da ABDI a cada três meses. A primeira edição já está disponível no portal da ABDI.
 

O resultado é composto por uma média simples de três subíndices: o de Crescimento Esperado na Demanda (ICED), que estima a flutuação potencial da demanda interna do país; o de Qualidade do Crescimento Industrial (IQCI), que avalia a força ou a fragilidade da indústria; e, por fim, o de Comércio Exterior (ICE), que investiga o impacto do comércio exterior sobre o crescimento industrial brasileiro.


Para o cálculo, a ABDI leva em consideração a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de indicadores do Banco Central (BC) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Sobre a ABDI

A ABDI formula e executa ações que contribuem para o desenvolvimento do setor produtivo nacional. Sua missão é promover a transformação digital dos negócios por meio do estímulo à adoção e à difusão de tecnologias, a novos modelos de negócios e à política de desindustrialização, com atenção especial à economia sustentável e à indústria verde.

A Agência atua na interface entre governo e empresas para qualificar políticas públicas e ações estratégicas voltadas ao aumento da competitividade e da produtividade da economia brasileira frente aos desafios da era digital.

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