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As tarifas comerciais propostas pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, que podem chegar a 50% sobre produtos brasileiros, colocam em alerta o setor exportador do estado de São Paulo. Responsável por 33,6% de todas as vendas brasileiras para os Estados Unidos em 2024, o estado registrou US$ 13,57 bilhões em exportações para aquele mercado no ano passado, segundo levantamento da FIEMG.

Entre os principais produtos paulistas destinados ao mercado norte-americano estão reatores, caldeiras e máquinas industriais (US$ 2,51 bilhões), aeronaves e equipamentos aeroespaciais (US$ 2,45 bilhões) e combustíveis minerais e óleos (US$ 1,77 bilhão). Mesmo que o governo norte-americano tenha sinalizado a exclusão de alguns produtos das alíquotas adicionais, a medida pode representar instabilidade a cadeia logística das empresas.

Alguns itens estão diretamente expostos ao risco de perda de competitividade caso as tarifas sejam implementadas, já que o aumento nos custos pode reduzir a atratividade das empresas brasileiras frente a concorrentes de outros países.

“O impacto potencial dessas tarifas é expressivo para a economia paulista, dada a relevância do estado no comércio exterior brasileiro. É fundamental que as empresas avaliem estratégias para mitigar riscos, como diversificação de mercados e aprimoramento de eficiência operacional. Caso essa política tarifária seja mantida, setores estratégicos de São Paulo poderão enfrentar desafios significativos para manter sua presença no mercado norte-americano”, afirma Carlos Ottoni, sócio-líder da área de Comércio Exterior e Regimes Aduaneiros Especiais da KPMG.

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