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A decisão entre manter funcionários próprios ou terceirizar serviços essenciais, como portaria, limpeza e segurança, é mais complexa do que parece. Não se trata apenas de comparar salários ou faturas mensais: é preciso avaliar processos seletivos, capacitação, atualização constante, supervisão, controle da equipe e riscos legais envolvidos em cada modelo de contratação.

Segundo Gabriel Borba, CEO do Grupo GB Serviços,essas questões são determinantes para empresas de diferentes setores. “Hoje não faz o menor sentido você não terceirizar se não tem estrutura para administrar e gerenciar a equipe. Sem supervisão, treinamento e acompanhamento, manter um quadro próprio pode gerar mais problemas do que soluções”, afirma.

Custos e responsabilidades: funcionário orgânico

Manter colaboradores internos envolve despesas além do salário, como férias, 13º, encargos sociais e eventuais substituições. Borba explica que muitos gestores cometem o erro de comparar apenas o valor mensal pago ao funcionário com a fatura de uma terceirizada, sem considerar o custo total anual.

Além disso, a gestão de um quadro próprio exige dedicação em recrutamento, treinamento, avaliação de desempenho e controle contínuo. “Processo trabalhista é uma situação delicadíssima. Mesmo pagando corretamente, você ainda está sujeito a ações na Justiça do Trabalho. Sem expertise, é possível pagar duas vezes pelo mesmo funcionário”, alerta o CEO.

Terceirização: eficiência e gestão especializada

Para empresas com demanda constante por serviços, a terceirização oferece uma solução estruturada. Equipes especializadas, supervisão dedicada, softwares de gestão e protocolos de substituição rápida reduzem riscos e permitem que a empresa concentre esforços no seu core business.

Borba ressalta que, para reduzir riscos trabalhistas, é fundamental contratar empresas terceirizadas sérias, que possuam toda a documentação e compliance em dia. “Só assim você evita problemas de co-responsabilidade. A escolha do parceiro certo é tão importante quanto a própria decisão de terceirizar”, explica.

Ele também reforça que a terceirização não é universal. “Se sua empresa ainda é pequena e não precisa do serviço integral, talvez não faça sentido. Mas quando há necessidade constante de portaria, limpeza ou segurança, terceirizar é a forma mais eficiente de operar”, conclui.

Comparativo: funcionário orgânico x terceirizado

Aspecto Funcionário Orgânico Terceirizado

Custo anual Salário + encargos, férias, 13º, substituições Valor da fatura já inclui todos os custos anuais

Gestão e supervisão Necessária equipe interna para acompanhamento Suporte da empresa terceirizada, com supervisão dedicada

Treinamento e capacitação Responsabilidade do empregador Inclusa no serviço contratado

Substituição e absenteísmo Gestão interna e contratação de temporários Substituição rápida pela empresa terceirizada

Risco trabalhista Alto, exige conformidade rigorosa Reduzido se a empresa contratada for séria e toda a documentação estiver regularizada, evitando co-responsabilidade

Flexibilidade operacional Limitada à capacidade interna Maior, dependendo do contrato e serviço

A escolha entre funcionário orgânico e terceirizado depende de múltiplos fatores: volume de trabalho, complexidade do serviço, capacidade de gestão interna e exposição a riscos legais. Avaliar todos esses pontos de forma estruturada é essencial para reduzir custos ocultos e garantir eficiência operacional.

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