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Um estudo recente da McKinsey revelou que quatro em cada dez pessoas cogitam trocar de carreira. O dado chama a atenção para um movimento global: profissionais de diferentes áreas estão reavaliando seus caminhos não apenas por questões financeiras, mas sobretudo em busca de propósito, equilíbrio e bem-estar. 

No entanto, essa tendência revela diferenças marcantes entre homens e mulheres. Enquanto homens tendem a priorizar ascensão salarial e networking mais acessível, as mulheres enfrentam desafios adicionais, como viés de gênero no recrutamento, conciliar responsabilidades familiares com a transição e uma menor representação em cargos de liderança, o que pode prolongar o período de busca por novas oportunidades. A transição de carreira está menos associada à instabilidade e muito mais ao autoconhecimento e à busca por qualidade de vida. 

Luciane Rabello, psicóloga, especialista em Recursos Humanos e CEO da TalentSphere, explica que os RHs precisam se adaptar para acolher talentos em transição, integrando diferentes trajetórias profissionais às equipes, especialmente considerando as barreiras de gênero. “O mercado precisa abandonar a visão de que trocar de carreira é sinal de indecisão. Pelo contrário, trata-se de um processo de amadurecimento e realinhamento de valores. As organizações que souberem valorizar essa diversidade de experiências vão sair na frente”, afirma Luciane. Ela também destaca mitos e verdades comuns sobre o tema para mulheres:

Para os profissionais que desejam dar esse passo, e especialmente para as mulheres, que podem precisar de estratégias extras para superar esses obstáculos, a especialista recomenda cinco pontos essenciais para conduzir a mudança de forma responsável, tanto do ponto de vista mental quanto financeiro:
 

Autoconhecimento: 

Entender seus valores, motivações e expectativas.
Planejamento financeiro: 

Criar uma reserva que permita enfrentar o período de transição.
Capacitação contínua: 

Investir em cursos e formações que abram portas na nova área.
Networking estratégico: 

Aproximar-se de profissionais que já atuam no setor desejado.
Saúde mental em primeiro lugar: 

Buscar apoio terapêutico ou de mentoria para lidar com inseguranças. 

O estudo da McKinsey reforça uma tendência já observada após a pandemia: os profissionais não querem apenas um emprego, mas sim um projeto de vida que faça sentido. Nesse cenário, empresas e RHs que criarem espaços de acolhimento e incentivo à transição, com foco em equidade de gênero, terão equipes mais engajadas e alinhadas às transformações do mundo do trabalho.

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