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O modelo de negócios que enxerga o mercado apenas como um campo de batalha, com o lucro como único troféu, está perdendo relevância. A mentalidade da “guerra”, focada exclusivamente em maximizar retorno a qualquer custo, tem se mostrado insustentável e cada vez mais cara para quem ocupa o topo da gestão. 

“A conta, que por muito tempo foi adiada, está chegando agora, e é salgada. Empresas que ignoram propósito e sustentabilidade podem ver seus custos e riscos aumentarem significativamente”, afirma Daniela Garcia, CEO do Capitalismo Consciente Brasil. 

Dados recentes reforçam essa mudança. Conforme levantamento da SG CompPartners, 52% das empresas pretendem manter salários de suas lideranças inalterados em 2026, diante de um cenário econômico incerto. Paralelamente, discussões regulatórias, como o Projeto de Lei nº 1.087 sobre tributação de dividendos, indicam que o modelo clássico de extrair valor em nome do acionista está sob crescente escrutínio de governos e sociedade. 

“Não se trata apenas de cortar custos ou congelar salários. A verdadeira saída é reinventar como o valor é criado e distribuído, conectando remuneração à criação de valor sustentável e ao propósito, não apenas ao crescimento agressivo e insustentável”, explica Daniela Garcia. 

O Capitalismo Consciente propõe que as empresas coloquem propósito no centro de suas estratégias, construindo modelos de negócio que gerem valor para todos os stakeholders — clientes, funcionários, fornecedores, comunidade e meio ambiente. 

No Brasil, diversas organizações já vêm adotando práticas de gestão orientadas por propósito. Entre os exemplos estão a Sicredi Pioneira, a Dengo e a Braile, que integram metas de sustentabilidade e impacto social à sua estratégia corporativa, alinhando performance econômica à responsabilidade com a sociedade e o meio ambiente. 

“Empresas que adotam práticas conscientes não apenas reduzem riscos, mas também constroem valor resiliente, atraem talentos e se preparam para um futuro mais justo e rentável”, completa Daniela Garcia.

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