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A Reforma Tributária, sancionada em 2024, começará a ser implementada a partir de 2026 e trará um desafio para as empresas brasileiras: lidar com dois sistemas de apuração de tributos ao mesmo tempo até 2033. Isso vale para empresas de todos os portes — inclusive micro e pequenas optantes pelo Simples Nacional — e exigirá adaptação tecnológica, reorganização financeira e atenção constante às novas regras.

O alerta é de Marcos Tadeu Junior, CEO da Invent, empresa especializada em soluções para gestão fiscal. Ele destaca que, embora a reforma tenha o objetivo de simplificar o sistema, o período de transição será complexo e demandará ajustes imediatos.

Dois regimes em paralelo até 2033

A reforma cria o IVA Dual, formado por dois tributos: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que substituirá PIS e Cofins; e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que unificará ICMS e ISS. O IPI será extinto, com exceção de produtos da Zona Franca de Manaus. A transição começa em 2026, com testes simbólicos, e termina em 2033, quando o modelo atual será totalmente substituído.

Entre 2026 e 2032, empresas precisarão calcular, pagar e reportar tributos em dois regimes simultaneamente — o atual e o novo. Para isso, não será necessário trocar de sistema ERP, mas será essencial reconfigurar os sistemas já usados, para adequar cálculos, gerir obrigações acessórias e adaptar os processos conforme as novas alíquotas forem sendo aplicadas.

Tecnologia fiscal como aliada

Uma pesquisa da Deloitte mostrou que 60% das empresas que já utilizam tecnologia para gestão fiscal conseguiram reduzir em até 30% o tempo gasto com obrigações tributárias. Marcos Tadeu reforça a importância de se antecipar: “A tecnologia oferece ferramentas que ajudam a prever o impacto da Reforma e planejar melhor suas estratégias. Como o foco será nos ajustes tributários, os softwares especializados serão os principais aliados no período de transição entre os regimes”, ressalta.

E os impactos financeiros?

Com as alíquotas finais ainda indefinidas (estima-se algo em torno de 28%), muitas empresas estão em dúvida sobre como planejar preços, contratos e negociações. A expectativa é que o novo sistema traga uma base ampla de créditos — ou seja, gastos com bens e serviços passarão a gerar créditos tributários, o que pode reduzir o peso fiscal no longo prazo.

Hoje, muitas dessas aquisições não geram crédito e viram custo direto. A nova sistemática, se bem aplicada, tende a corrigir essas distorções. “Cada setor terá que avaliar como o aumento das alíquotas deve impactar seus custos e, por consequência, seus preços. A Reforma Tributária impõe um novo ritmo ao ambiente de negócios brasileiro. Antecipar-se às mudanças e investir em tecnologia fiscal será fundamental para transformar a complexidade em vantagem competitiva”, afirma o CEO da Invent.

Empresas terão que lidar com dois sistemas tributários até 2033, alerta especialista

Transição da Reforma Tributária exigirá reconfiguração dos sistemas fiscais já a partir de 2026

A Reforma Tributária, sancionada em 2024, começará a ser implementada a partir de 2026 e trará um desafio para as empresas brasileiras: lidar com dois sistemas de apuração de tributos ao mesmo tempo até 2033. Isso vale para empresas de todos os portes — inclusive micro e pequenas optantes pelo Simples Nacional — e exigirá adaptação tecnológica, reorganização financeira e atenção constante às novas regras.

O alerta é de Marcos Tadeu Junior, CEO da Invent, empresa especializada em soluções para gestão fiscal. Ele destaca que, embora a reforma tenha o objetivo de simplificar o sistema, o período de transição será complexo e demandará ajustes imediatos.

Dois regimes em paralelo até 2033

A reforma cria o IVA Dual, formado por dois tributos: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que substituirá PIS e Cofins; e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que unificará ICMS e ISS. O IPI será extinto, com exceção de produtos da Zona Franca de Manaus. A transição começa em 2026, com testes simbólicos, e termina em 2033, quando o modelo atual será totalmente substituído.

Entre 2026 e 2032, empresas precisarão calcular, pagar e reportar tributos em dois regimes simultaneamente — o atual e o novo. Para isso, não será necessário trocar de sistema ERP, mas será essencial reconfigurar os sistemas já usados, para adequar cálculos, gerir obrigações acessórias e adaptar os processos conforme as novas alíquotas forem sendo aplicadas.

Tecnologia fiscal como aliada

Uma pesquisa da Deloitte mostrou que 60% das empresas que já utilizam tecnologia para gestão fiscal conseguiram reduzir em até 30% o tempo gasto com obrigações tributárias. Marcos Tadeu reforça a importância de se antecipar: “A tecnologia oferece ferramentas que ajudam a prever o impacto da Reforma e planejar melhor suas estratégias. Como o foco será nos ajustes tributários, os softwares especializados serão os principais aliados no período de transição entre os regimes”, ressalta.

E os impactos financeiros?

Com as alíquotas finais ainda indefinidas (estima-se algo em torno de 28%), muitas empresas estão em dúvida sobre como planejar preços, contratos e negociações. A expectativa é que o novo sistema traga uma base ampla de créditos — ou seja, gastos com bens e serviços passarão a gerar créditos tributários, o que pode reduzir o peso fiscal no longo prazo.

Hoje, muitas dessas aquisições não geram crédito e viram custo direto. A nova sistemática, se bem aplicada, tende a corrigir essas distorções. “Cada setor terá que avaliar como o aumento das alíquotas deve impactar seus custos e, por consequência, seus preços. A Reforma Tributária impõe um novo ritmo ao ambiente de negócios brasileiro. Antecipar-se às mudanças e investir em tecnologia fiscal será fundamental para transformar a complexidade em vantagem competitiva”, afirma o CEO da Invent.

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