No primeiro painel do Fórum Anual das Médias Empresas, os debatedores enfatizaram a importância de criar um horizonte mais positivo
Da esquerda para direita: Adriano Amui, Grazi Mendes, Patricia Prado e Sabina Dewiek
Crédito: Marcelo Justo
Apesar do momento atual de turbulência política, social e econômica, as empresas podem se fortalecer, aproveitando ocasiões disruptivas para crescerem. “Nesses momentos, sempre vai ter alguém que vai quebrar. E seu concorrente pode te dar de 20% a 30% de novos clientes de lambuja”, enfatizou Adriano Amui, professor da Fundação Dom Cabral e um dos curadores do 10º Fórum Anual das Médias Empresas. Os futuros positivos para as médias empresas foram o tema destacado para abrir a sessão de painéis, nesta segunda-feira (2), no primeiro dia do evento, no Teatro Claro +.
Para a professora da FDC e caçadora de tendências Sabina Dewiek, o futuro é um lugar que ainda não existe, mas que é preciso criar. “A maioria das pessoas pensa no futuro de forma negativa. É uma futurofobia corporativa”, assinalou. Segundo ela, é necessário inverter esse processo. “Não podemos olhar para o futuro, nem pela lente da distopia, nem pela da utopia. Precisamos criar um horizonte mais plural, sustentável e feliz.”
O desenvolvimento da tecnologia e seus usos estão entre os motivos mais destacados para essa fobia do futuro. Porém, para a diretora da Accenture, Patrícia Prado, a IA já é uma tecnologia do presente. A especialista ilustra a situação com um dado: até 2029, 80% dos problemas comuns de atendimento ao cliente já serão resolvidos por agentes de IA.
Já Grazi Mendes, diretora de DEI na Thoughtworks LATAM, vê o futuro como um exercício de imaginação coletiva. Ela enfatizou que as lideranças devem pensar que tipo de empresa e tecnologias querem deixar para as futuras gerações. “Legado não é um prédio com seu nome, mas cada vida que você ocupa”, revela. Para Grazi, é necessário que “as lideranças realistas e esperançosas” se responsabilizem pela construção de um mundo melhor.
