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 Da adaptação do currículo ao networking estratégico, saiba por onde começar

A possibilidade de receber em dólar e conquistar oportunidades no mercado internacional tem atraído cada vez mais profissionais brasileiros. Seja pela valorização da moeda americana, pelo acesso a empresas estrangeiras ou pela flexibilidade de trabalhar remotamente, essa trajetória exige preparo e estratégia.

Para quem está dando os primeiros passos nesse caminho, Samyra Ramos, gerente de marketing da Higlobe, fintech de pagamentos para profissionais remotos que recebem em moeda estrangeira, destaca 3 dicas para maximizar as chances de sucesso na busca por vagas.
 

Entendendo as dinâmicas do mercado global

O primeiro desafio para quem deseja trabalhar no exterior é compreender como o mercado internacional funciona, já que as regras do jogo costumam ser diferentes das do Brasil. Samyra explica que muitos profissionais brasileiros possuem habilidades valiosas, mas acabam perdendo oportunidades por não saberem como se posicionar de forma estratégica. “Não basta ser bom tecnicamente; é preciso entender o que as empresas estrangeiras buscam, como estruturam seus processos seletivos e quais ferramentas valorizam”, afirma.
 

Um currículo em inglês, por exemplo, não deve ser apenas uma tradução do documento em português, mas sim uma adaptação às convenções internacionais, com linguagem objetiva e foco em resultados mensuráveis. Além disso, dominar plataformas como LinkedIn, GitHub (para desenvolvedores) ou até mesmo ferramentas de gestão amplamente utilizadas no exterior, como Asana ou Slack, pode fazer toda a diferença. “Pesquisar as tendências do setor e acompanhar como profissionais de outros países se apresentam é um exercício valioso para quem quer ser competitivo”, complementa a especialista.
 

Organização financeira: evitando armadilhas no câmbio e nos pagamentos

Receber em dólar pode ser vantajoso, mas também exige atenção redobrada com questões financeiras. Muitos profissionais se surpreendem ao descobrir que parte significativa de seus ganhos se perde em taxas de câmbio desfavoráveis, transferências bancárias caras ou até mesmo na escolha inadequada do método de recebimento. “Alguns começam a trabalhar para o exterior sem pesquisar antes como vão receber o dinheiro e só depois percebem que estão pagando mais do que deveriam em conversões ou operações internacionais”, alerta.
 

Para evitar essas perdas, é necessário buscar soluções especializadas em pagamentos cross-border, como fintechs que oferecem câmbio direto e taxas mais competitivas do que os bancos tradicionais. Uma das opções é substituir os métodos tradicionais, como bancos, e apostar em fintechs que trazem um preço competitivo e segurança.
 

Construindo conexões sem-fronteiras

Assim como no mercado nacional, quem deseja trabalhar para empresas estrangeiras precisa investir em relacionamentos profissionais, porém com uma abordagem mais estratégica e global. Samyra destaca que muitas oportunidades não são divulgadas em plataformas de vagas, surgindo apenas através de indicações ou conexões sólidas com conhecidos. “Participar de fóruns online, grupos de discussão no LinkedIn e eventos online do setor ajuda a expandir sua rede e a ficar no radar de recrutadores internacionais”, sugere.
 

Ela também reforça a importância de manter um perfil ativo em redes profissionais, compartilhando projetos, interagindo com publicações relevantes e até mesmo produzindo conteúdo que demonstre expertise. “Quem está começando pode se beneficiar muito ao seguir influenciadores do seu ramo no exterior, comentando suas postagens e se inserindo nas conversas certas”, diz. Essa visibilidade, somada a um portfólio bem estruturado, aumenta as chances de ser notado por empresas que valorizam talentos globais — e que estão buscando contratar talentos brasileiros.
 

Embora o processo exija preparo e persistência, as recompensas de trabalhar para o mercado internacional vão além da valorização monetária. Profissionais que se adaptam a essa realidade ganham também em experiência, reconhecimento e oportunidades de crescimento. “O segredo está em alinhar competência técnica, estratégia financeira e networking eficiente. Quando esses três pilares são trabalhados juntos, o sonho de ganhar em dólar se transforma em uma carreira sólida e sustentável”, finaliza.

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